quinta-feira, março 05, 2015

REVOLUÇÃO OU ORAÇÃO?

Dia 15 de março haverá uma movimentação em toda nação brasileira para protestar contra os mandos e desmandos de nossos governantes, e principalmente contra o vexame purulento das entranhas deste pais, um vexame chamado corrupção.

Existem muito líderes cristãos incentivando seu povo a sair em protesto, o que acho muito triste. Nada contra os protestos civis, ou militares que sejam, é um direito e também uma reação diante tanto desavergonhamento.

A questão é que uma revolução política ou militar não poderá trazer o viço e a polidez à nossa pátria, o que precisamos é de uma reforma interior, pessoal, íntima, ontológica e ética.

Não é de protestar que a Igreja precisa, e muito menos de demonstrar sua força social e política.

O que a Igreja brasileira precisa é orar, clamar e se arrepender e buscar na dependência de seu Senhor a sua soberana e absoluta vontade.

A igreja não foi fundada para ser um braço social ou uma instituição, também não deveria ter lugar na política, na economia, mídia ou comércio, recursos NUNCA usados pelo Santíssimo galileu, e ainda hoje totalmente desnecessários e desprezados por Ele.

A igreja é o corpo vivo do Cristo vivo, sua representante legal neste mundo, agente do céu na terra, e assim como as instâncias celestiais estão acima das terrenas, assim a Igreja é superior aos poderes temporais.


Por isso que o papel da igreja é antes de tudo orar, orar e orar, e se porventura a crise que sofremos é juízo de Deus, então devemos também nos arrepender e confessar os pecados, nossos e os da nossa nação.

2 Cronicas 7.14
"E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra."

sexta-feira, agosto 09, 2013

SOBRE ADORAÇÃO E MERCADO

Não gosto de postar sobre temas polêmicos, mas como sou pastor na área da adoração me sinto no "dever" de deixar meu pitaco sobre um fato recente envolvendo um artista gospel muito famoso.
Acho que devemos fazer uma diferença entre arte e ministério, pois enquanto ministros e obreiros de Deus temos que ter um compromisso com a ética e com a missão da igreja, não colocando preço em nossa obra, embora o obreiro seja digno de seu salário.
Já enquanto artistas, cada um trata de sua arte como quiser - e digo arte aqui enquanto mercado, enquanto profissão.
Cada um põe o seu preço em sua tarefa, serviço, mão de obra, produto, serviço ou seja lá como quiser chamar, mas daí já não é Ministério é Business!
Respeito quem quer viver de seu dom, assim como um advogado, médico ou pedreiro que vivem de suas capacidades, mas não é ministério é subsistência.
Acho que cada um põe o preço que quiser em sua mão de obra, pois o melhor mecânico é sempre mais caro, o melhor médico o mais caro, o melhor advogado e o melhor pedreiro sempre os mais inacessíveis, e cada um paga o quanto pode e para quem pode, mas não é Ministério é carreira.
Eu sei o que é Ministério, minha esposa sabe e meus filhos também.
Ministério é renuncia, é desapego, é abrir mão, é sofrer calado, é vazio deste glamour gospel e desta ribalta religiosa. Ministério não é o picadeiro que muitas igrejas se tornaram.
Não confundo ministério com "arte", respeito o artista gospel (se a arte for boa), mas não o confundo com pastores e missionários que pagam o preço da obra. Não confundo adorador com cantor!
Acho que muitos destes artistas até trazem algo de positivo, não generalizo, mas são apenas profissionais da cultura religiosa e têm seu valor, mas repito, não é MINISTÉRIO!
Muitos destes artistas querem pegar carona ministerial para angariarem credibilidade para suas carreiras, isso se chama oportunismo e com certeza é repugnante. Muito do que se faz em nome de Deus hoje é repugnante, e com certeza o Próprio não aprova tais repugnâncias.
Muito mais repugnante do que a postura mercantilista do cast gospel pegando carona no ministério é o ministério pegando carona no mundinho gospel, pastores que deveriam mentoriar a classe artística são os maiores fomentadores deste “mercado ministerial”.
O cantor está errado por cobrar horrores? E quem paga os horrores está certo?
Se cobram é por que há quem pague, é o circulo vicioso da demanda, oferta e consumo.
E se não bastasse essa relação interesseira entre uns e outros, eles vão para as mídias para envergonhar mais ainda a igreja, é daí mesmo que não vejo nem pastor e nem adorador na jogada, o que vejo são “promoters” deste balanço mercantil da música gospel com pouca habilidade administrativa e quem vem ao público para expor suas confusões.
O que esta situação tem a ver com a Igreja?
Não deveria ter nada, o certo seria deixar este povo se estapeando publicamente à caça de suas moedinhas, mas a questão é que usam o nome da Igreja, do Evangelho e até o de Cristo para justiçarem-se diante de seu público (leia-se consumidores).
Mas o que fazer?
Primeiro – vigiar para que não entremos nesta roda-morta e percamos de vez o referencial de ministério e adoração, vigiar também para que alguns lobos não entrem no meio do rebanho disseminando esta cultura.

Segundo – orar para que Deus ache no meio de sua Igreja verdadeiros adoradores, orar para que nós sejamos estes adoradores, orar para que o lobo da vaidade, que é a grande vedete desta cultura, permaneça enjaulado dentro de nós e que não venhamos querer cintilar mais do que o Rei, pois o brilho da glória pertence a Jesus.

quinta-feira, julho 24, 2008

"Só Tu Tens as Palavras de Vida Eterna!"

Depois de um longo e tenebroso inverno sem computador e internet (por forças “maiores”), volto a postar aqui no nosso blog.
Em tempo: tendo um tempinho, poste seu comentário, inté!

“Só Tu tens as palavras de vida eterna!”
Estive em crise teológica-existencial-espiritual desde o começo deste ano, são muitas as mazelas do cristianismo contemporâneo e as barbaridades feitas em nome do Cristo e do evangelho, são bizarras, abomináveis, horrendas, terribilíssimas e aja superlativo pra tanto.
As práticas pouco ortodoxas da “igreja” tem sido a causa de muita confusão e dissenção e o que não falta é aproveitador, gente de baixo teor e baixo temor; baixo teor espiritual, teológico, intelectual e de experiência com Deus, e por isso mesmo sem nenhum temor ao Grande “Eu Sou” (Javé).
De um outro lado, esse movimento da “Fé Sem Escrupulos” tem gerado uma contracultura tão perigosa e danosa quanto. Um grupo de descontentes, de críticos e céticos liberais, ou pior, libertinos, que não se apegam a nada, tem até um discurso sobre a graça e sobre a liberdade em Cristo, mas também estão longe de Deus e longe da graça, são tão frios e céticos que matariam pela sua “fé” ou falta dela, suas palavras são acidas e sulfúricas, recheadas de amargura mas com cobertura teológica, são os catedráticos da amargura e do ceticismo.
Mas no meio dos aproveitadores e dos céticos existe também muita gente bem intencionada, gente de fé, gente simples que está apenas buscando a Deus e tentando conhece-lo.
Por um tempo estive amargo e cético como os catedráticos, afinal de contas a cristandade se tornou um circo de horrores, com teologias ridículas (prosperidade e suas filhas) e práticas anti-bíblicas e estranhíssimas, e ainda por cima confundidas com a Obra do Espírito Santo (unção de cachorro, unção disso e daquilo outro).
Fiquei doente na alma, chorei, sofri, clamei a Deus e pedi que me tirasse o amargor e que me desse uma palavra de direção.
Deus falou ao meu coração e me fez lembrar de Pedro e os apóstolos, após Jesus dar uma carraspana de “duras palavras”, o povo todo o deixou, Ele perguntou aos discípulos se eles também queriam ir, Pedro reconhece, que apesar das duras palavras, só Jesus tinha as palavras de vida eterna.
Palavras de vida eterna, palavras de esperança.
Que palavras são estas?
“Vai e não peques mais!”
“Nem eu tampouco te condeno!”
“Tua fé te curou!”
Tua fé te salvou!”
“Perdoados estão os teus pecados!”
“Quero, sê limpo!”
“Efatá!”
“Jamais vi fé igual!”
“Toma teu leito e anda!”
“Se creres verás a glória de Deus!”
“Lázaro sai para fora!”
“Talita cumi!”
“Pai perdoa-os, pois não sabem o que fazem!”
“Ainda hoje estarás comigo no paraíso!”
“Está consumado!”
Estas são algumas, entre muitas!
Lembrei então de uma verdade escondida sobre os escombros que a religião deixou em minha alma, a igreja ainda existe e ainda é o agente de Cristo na terra, e enquanto ele não vier de volta, nosso papel é anunciar a esperança, é trazer a salvação e a alegria de volta aos lares
Em um momento em que as pessoas não ouvirão falar de esperança nos telejornais, na internet e nem nas conversas informais, apenas terror, horror, morte, tragédias, crises, cabe a Igreja trazer a esperança de volta ao coração das pessoas.
Anunciemos pois as palavras do Cristo!
E que venha o teu reino!