quinta-feira, julho 24, 2008

"Só Tu Tens as Palavras de Vida Eterna!"

Depois de um longo e tenebroso inverno sem computador e internet (por forças “maiores”), volto a postar aqui no nosso blog.
Em tempo: tendo um tempinho, poste seu comentário, inté!

“Só Tu tens as palavras de vida eterna!”
Estive em crise teológica-existencial-espiritual desde o começo deste ano, são muitas as mazelas do cristianismo contemporâneo e as barbaridades feitas em nome do Cristo e do evangelho, são bizarras, abomináveis, horrendas, terribilíssimas e aja superlativo pra tanto.
As práticas pouco ortodoxas da “igreja” tem sido a causa de muita confusão e dissenção e o que não falta é aproveitador, gente de baixo teor e baixo temor; baixo teor espiritual, teológico, intelectual e de experiência com Deus, e por isso mesmo sem nenhum temor ao Grande “Eu Sou” (Javé).
De um outro lado, esse movimento da “Fé Sem Escrupulos” tem gerado uma contracultura tão perigosa e danosa quanto. Um grupo de descontentes, de críticos e céticos liberais, ou pior, libertinos, que não se apegam a nada, tem até um discurso sobre a graça e sobre a liberdade em Cristo, mas também estão longe de Deus e longe da graça, são tão frios e céticos que matariam pela sua “fé” ou falta dela, suas palavras são acidas e sulfúricas, recheadas de amargura mas com cobertura teológica, são os catedráticos da amargura e do ceticismo.
Mas no meio dos aproveitadores e dos céticos existe também muita gente bem intencionada, gente de fé, gente simples que está apenas buscando a Deus e tentando conhece-lo.
Por um tempo estive amargo e cético como os catedráticos, afinal de contas a cristandade se tornou um circo de horrores, com teologias ridículas (prosperidade e suas filhas) e práticas anti-bíblicas e estranhíssimas, e ainda por cima confundidas com a Obra do Espírito Santo (unção de cachorro, unção disso e daquilo outro).
Fiquei doente na alma, chorei, sofri, clamei a Deus e pedi que me tirasse o amargor e que me desse uma palavra de direção.
Deus falou ao meu coração e me fez lembrar de Pedro e os apóstolos, após Jesus dar uma carraspana de “duras palavras”, o povo todo o deixou, Ele perguntou aos discípulos se eles também queriam ir, Pedro reconhece, que apesar das duras palavras, só Jesus tinha as palavras de vida eterna.
Palavras de vida eterna, palavras de esperança.
Que palavras são estas?
“Vai e não peques mais!”
“Nem eu tampouco te condeno!”
“Tua fé te curou!”
Tua fé te salvou!”
“Perdoados estão os teus pecados!”
“Quero, sê limpo!”
“Efatá!”
“Jamais vi fé igual!”
“Toma teu leito e anda!”
“Se creres verás a glória de Deus!”
“Lázaro sai para fora!”
“Talita cumi!”
“Pai perdoa-os, pois não sabem o que fazem!”
“Ainda hoje estarás comigo no paraíso!”
“Está consumado!”
Estas são algumas, entre muitas!
Lembrei então de uma verdade escondida sobre os escombros que a religião deixou em minha alma, a igreja ainda existe e ainda é o agente de Cristo na terra, e enquanto ele não vier de volta, nosso papel é anunciar a esperança, é trazer a salvação e a alegria de volta aos lares
Em um momento em que as pessoas não ouvirão falar de esperança nos telejornais, na internet e nem nas conversas informais, apenas terror, horror, morte, tragédias, crises, cabe a Igreja trazer a esperança de volta ao coração das pessoas.
Anunciemos pois as palavras do Cristo!
E que venha o teu reino!